segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Os 30 do Ártico


Ana Paula é uma brasileira de 31 anos que queria protestar pacificamente contra os planos da Rússia de exploração do petróleo no Ártico. Agora, ela e os 29 tripulantes do navio do Greenpeace Arctic Sunrise, estão detidos em uma prisão russa sem nenhuma perspectiva de serem soltos. Mas podemos dar a ela e sua tripulação um verdadeiro bote salva-vidas. A equipe do Greenpeace, alguns em confinamento solitário, corre o risco de passar 15 anos na prisão por conta de falsas acusações de pirataria. Qual foi o crime? Pendurar uma bandeira em uma plataforma de petróleo russa para protestar contra a perigosa perfuração em águas profundas em um dos lugares mais bonitos e frágeis do planeta. Muitos governos ocidentais já se manifestaram, mas agora Ana Paula e o Greenpeace estão pedindo à comunidade da Avaaz para ajudar a construir um verdadeiro apelo global. Juntos podemos pressionar alguns dos mais fortes parceiros comerciais e políticos da Rússia - Brasil, Índia, África do Sul e União Europeia - para pedir a libertação dos 30 do Ártico. Vamos reunir 1 milhão de assinaturas para libertar Ana Paula e seus amigos. Quando atingirmos essa meta, a Avaaz projetará seus rostos em importantes locais públicos para manter esta história nas capas dos jornais. A irmã de Ana Paula nos deu um depoimento sobre ela, e disse: "De muitas maneiras, a minha irmã é uma típica brasileira - falante e simpática, cheia de vida. Mas ela é também simplesmente extraordinária, apaixonada pela natureza desde pequena, e nunca hesitou em lutar, mesmo que isso significasse grande risco pessoal." Ana Paula e seus colegas podem perder 15 anos de suas vidas apenas por tentar pendurar uma faixa em uma plataforma de petróleo da Gazprom, a primeira deste tipo no Ártico. Esta é uma reação agressiva contra defensores do meio ambiente - deter a extração de petróleo no Ártico é proteger o último recanto intocado do planeta, onde vazamentos de petróleo são praticamente impossíveis de se limpar. O Greenpeace contratou ótimos advogados para ressaltar que os 30 ativistas foram presos em águas internacionais, o que significa que a Rússia é quem está violando a Lei Internacional dos Mares. Mas estar do lado certo da lei pode não ser o suficiente para que eles recuperem a liberdade e um destino pavoroso pode ser selado para eles ainda nesta semana, a não ser que a comunidade internacional mostre para a Rússia que não vai deixar passar este escândalo. A Avaaz possui uma voz especialmente forte nesses países, contando com milhões de membros -- já somos 5 milhões apenas no Brasil! Se conseguirmos alcançar um milhão de assinaturas em uma petição, membros da Avaaz no Brasil, na África do Sul, Índia e União Europeia poderão exercer ainda mais pressão. Assine agora para ajudar a construir um apoio de um milhão de pessoas aos 30-do-Ártico: 


Os 30-do-Ártico tiveram coragem suficiente para enfrentar a indústria do petróleo em um dos últimos recantos intocados do planeta. Por causa dessa coragem, eles estão sendo silenciados e intimidados por essas empresas. A nossa comunidade sempre se mobilizou para apoiar ativistas em todo o mundo - vamos libertá-los. 

Equipe da Avaaz.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Dia do Professor: Protestos!

Uma série de protestos em diferentes regiões do Brasil foi convocada para marcar o Dia do Professor nesta terça-feira, dia 15 de outubro. Os manifestantes convocaram os atos através das redes sociais em apoio aos profissionais da educação que estão em greve em pelo menos quatro Estados. No Rio de Janeiro, os professores das redes estadual e municipal estão em greve há dois meses para cobrar reajuste salarial e melhores condições de trabalho. Em Goiás, os professores da rede municipal, paralisados desde 25 de setembro, ocupam a Câmara de Vereadores de Goiânia para pressionar os parlamentares a vetar uma proposta de mudança na destinação do auxílio transporte aos educadores. Em Mato Grosso, a categoria está parada há mais de 63 dias para pedir reajuste salarial e melhorias na estrutura das escolas. No Pará, a greve dos docentes da rede estadual começou em 18 de setembro pela redução da carga horária e melhores salários. Além de defender as pautas pela valorização dos professores, os protestos desta terça-feira ainda têm como mote a crítica à violência policial registrada durante recente manifestações, principalmente em São Paulo e no Rio de Janeiro – no dia 7 de outubro, quando houve a última grande manifestação, docentes foram seguidos por bancários e sindicalistas em uma marcha inicialmente pacífica, mas que acabou em destruição e violência a partir da intervenção de grupos conhecidos como Black Blocs. Confira alguns dos locais em que estão previstas manifestações nesta terça-feira:

São PauloA partir das 18h no Largo da Batata - Na página convocando o evento no Facebook, os organizadores cobram o fim do modelo atual para a escolha do reitor da Universidade de São Paulo (USP); reajuste de 36,74% salarial para os professores da rede estadual; cumprimento de jornada estabelecida pela lei do piso: no mínimo 33% do piso da jornada de trabalho para atividades de formação e preparação de aulas; explicações por parte do governo estadual sobre a contaminação no terreno da USP Leste; e o fim da progressão continuada ou "aprovação automática" na educação básica.

Rio de Janeiro - A partir das 17h na Candelária - No Rio de Janeiro, os profissionais da educação das redes municipal e estadual aprovaram a realização da próxima assembleia para definir os rumos da greve neste 15 de outubro, Dia do Professor - para quando também está previsto um grande ato unificado no centro da cidade. Os grevistas da rede municipal, parados há mais de dois meses, exigem 20% de aumento salarial, entre outras reivindicações, como o fim do plano de cargos e salários. O projeto foi aprovado na Câmara de Vereadores da capital fluminense, porém a sessão foi suspensa pela Justiça

Porto AlegreA partir das 18h na prefeitura - Em Porto Alegre, a pauta também passa pela educação (não à criminalização de grevistas; não ao ensino médio politécnico; pagamento do piso salarial já!), mas promete ampliar as reivindicações para outras questões (não à criminalização dos movimentos sociais; desmilitarização da Polícia Militar; e Fora Copa). Entre todos os Estados brasileiros, o Rio Grande do Sul é o que paga o pior salário aos seus professores - R$ 977 de salário básico (o piso nacional é de R$ 1567). Os educadores chegaram fazer uma greve de 19 dias, encerrada no dia 13 de setembro, mas não houve avanços na negociação com o governo estadual.

RecifeA partir das 14h na Praça do Derby - ​No Recife, o ato em apoio aos professores, em especial aos grevistas do Rio de Janeiro, começa mais cedo: 14h. A pauta é a mesma dos docentes fluminenses e, na página do evento, há um recado bem claro: "Se você é contra a greve dos professores, não entende sua função na luta por uma educação de qualidade e não entende o direito dos professores de fazerem greve, talvez esse ato não seja para você."

Brasília - A partir das 17h no Museu Nacional da República - Brasília também promove um ato em apoio aos professores, com início marcado para as 17h. A partir das 18h40min, os manifestantes pretendem caminhar em direção à rodoviária.

CuritibaA partir das 16h na Boca Maldita - O ato em Curitiba começa às 16h com uma mobilização para a confecção de cartazes e faixas. Às 18h está previsto o início da caminhada.

Belo Horizonte - A partir das 17h na Praça 7 - Em Belo Horizonte, o ato promete ser não só em apoio aos professores do Rio, mas também aos de Goiânia, igualmente paralisados, e aos demais docentes do Brasil. Na pauta consta ainda reivindicações pelo passe livre nos transportes, por uma educação pública gratuita e de qualidade e pelo fim da repressão do Estado. E, claro, contra a Copa.

Salvador - A partir das 17h na Praça 2 de Julho - "A sociedade precisa enxergar que o poder público é negligente com educação, com a saúde e demonstra, atualmente, que é totalmente displicente com as mobilizações sociais. A polícia serve para repreender aqueles que lutam pelos seus direitos e exercem seu poder na rua, esses não percebem que fazem parte da sociedade excluída e que faltam com o dever de mobilização e mudança social quando reprimem aqueles que brigam e lutam pelos seus direitos", diz o texto que convoca o povo a ir para a rua nesta terça, em Salvador.

Quem sabe teremos algo para comemorar depois!? Por enquanto, nada...


quinta-feira, 10 de outubro de 2013