sexta-feira, 22 de março de 2013

Hora do Planeta 2013

Neste sábado (23/03/2013) as 20:30hs, cidadãos do mundo inteiro estão convidados a apagar as luzes para refletir sobre o aquecimento global. A Hora do Planeta - uma iniciativa da World Wildlife Fund (WWF-Brasil) - ocorre pelo quinto ano consecutivo e já conta com a adesão de quase uma centena de cidades no País, entre elas 22 capitais. Desde 2009, um número crescente de cidades, empresas e pessoas no Brasil aderiu ao movimento, apagando as luzes de seus monumentos, escritórios ou casas e organizando atividades especiais para mostrar apoio na batalha contra as mudanças climáticas. Em 2012, mais de 130 municípios brasileiros aderiram oficialmente ao evento. Monumentos como o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, a Ponte Hercílio Luz, em Florianópolis, e a Ponte Estaiada, em São Paulo, tiveram as luzes desligadas durante 60 minutos. Pelo mundo, personalidades como o ex-presidente da África do Sul Nelson Mandela e os astronautas então a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) também manifestaram apoio à campanha em 2012. Neste ano, o evento também convida empresas, governos e sociedade a uma reflexão: "O que você faria para salvar o planeta?".

quarta-feira, 13 de março de 2013

Clive Burr e a Esclerose Múltipla

Iron Maiden. Clive Burr é o primeiro à esquerda

Clive Burr, baterista dos primeiros anos da banda de heavy metal Iron Maiden, morreu aos 56 anos na noite de terça-feira (12/03/2012), segundo informações do site do grupo. Ele havia sido diagnosticado com esclerose múltipla (EM) e sua saúde estava em declínio há anos, de acordo com o comunicado. A EM, ou esclerose em placas também designada por "esclerose disseminada", é uma doença desmielinizante de etiologia ainda desconhecida, caracterizada por uma reação inflamatória na qual são danificadas as bainhas de mielina que envolvem os axônios dos neurônios cerebrais e medulares. A doença manifesta-se geralmente em jovens adultos e é mais frequente em mulheres. Devido a esta desmielinização, a EM afeta a capacidade de as células nervosas do cérebro e da medula espinhal comunicarem entre si de forma eficaz. Na EM, o próprio sistema imunológico do corpo ataca e destrói a mielina, ou seja, trata-se de uma doença auto-imune. Uma vez destruída, os axônios deixam de poder transmitir o potencial de ação de um neurônio ao neurônio seguinte ficando assim a condução do estímulo nervoso interrompida. O termo "esclerose múltipla" é uma referência às lesões, ou escleroses, que ocorrem sobretudo na substância branca do cérebro, cerebelo e medula espinal, que é constituída principalmente por fibras nervosas revestidas de mielina. A doença pode manifestar-se através de praticamente qualquer sintoma neurológico, dependente da localização da placa de desmielinização, e frequentemente evolui com a perda de capacidades físicas e cognitivas. A EM pode assumir várias formas, e cada novo sintoma pode ocorrer em ataques discretos e isolados (forma recrudescente) ou os sintomas podem-se ir acumulando ao longo do tempo (forma progressiva). Entre cada ataque, a sintomatologia pode desaparecer por completo, embora normalmente se verifiquem sequelas neurológicas permanentes, sobretudo à medida que a doença progride. Não se conhece uma cura eficaz contra a esclerose múltipla. O tratamento baseia-se na tentativa de melhoria das funções fisiológicas comprometidas depois de um ataque, na prevenção de novos episódios e na prevenção da degenerescência .


Burr integrou uma das primeiras formações do Iron Maiden e tocou bateria nos três primeiros álbuns do grupo: "Iron Maiden" (1980), "Killers" (1981) e "The number of the beast" (1982). Abaixo um vídeo que mostra Clive Burr com suas atividades neurológicas plenas. Sem dúvida, um grande baterista!


Iron Maiden - Run To the Hills

segunda-feira, 4 de março de 2013

Darwin Day

Há 154 anos, o naturalista Charles Darwin publicava pela primeira vez seu livro A Origem das Espécies - talvez a obra mais influente da ciência moderna – trazendo o conceito da evolução biológica por meio da seleção natural. A teoria propôs que a evolução dos seres vivos ocorre por meio de uma seleção de características hereditárias, de modo que os indivíduos com as características mais favoráveis têm mais chances de sobreviver e se reproduzir. Para celebrar a vida e as descobertas do cientista, a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP promoverá amanhã (05/03/2013) o evento internacional Darwin Day que é comemorado em vários países por volta do dia 12 de fevereiro, data do nascimento de Charles Darwin em 1809, e é apoiado pela International Darwin Day Foundation, organização não-lucrativa que promove a educação pública sobre ciência e encoraja a celebração das descobertas científicas. A primeira edição em Ribeirão Preto foi concebida e elaborada por uma comissão de pós-graduandos pertencentes aos Programas de Pós-Graduação em Biologia Comparada e em Entomologia, ambos do Departamento de Biologia da FFCLRP. O principal tema debatido durante o evento será o ensino e a aproximação do público com a ciência e as teorias de Darwin, assim como a importância do entendimento da ciência pela sociedade. A ideia é formar pessoas que possam levar essas informações para fora do ambiente acadêmico. A abertura do evento será às 9 horas, seguida pela palestra da professora Maria Isabel Landim, do Museu de Zoologia (MZ) da USP, sobre o porquê de se celebrar o Darwin Day e o papel de Darwin na biologia e nas ciências. Às 10h45 acontece a palestra Experimento Histórico de Charles Darwin: uma proposta de utilização da História da Ciência no ensino, com João Paulo Durbano e Tatiana Tavares Silva, da pós-graduação em Biologia Comparada da USP. Às 13h30 terá início a mesa-redonda O papel da iconização de personagens da ciência: implicações na aproximação do público com o mundo científico, com os professores Dalton Amorim (FFCLRP), Maria Isabel Landim (MZ) e Nélio Bizzo (FE). A palestra de encerramento será ministrada por Tom Wenseleers, da Katholieke Universiteit Leuven (KU Leuven), universidade da Bélgica, e terá como tema Evolution and its role in Science and Society (Evolução e seu papel na sociedade). O evento é gratuito e as inscrições serão feitas na hora. O local é o Anfiteatro Lucien Lison da FFCLRP, que fica na Av. Bandeirantes, 3900, Ribeirão Preto. Mais informações: www.ffclrp.usp.br/eventos/integra.php?id=1159

Revolta dos Bichos
(Um sábado qualquer...)


sábado, 2 de março de 2013

Deu Pau!

O robô Curiosity apresentou nesta semana seu primeiro grande defeito desde que foi enviado à Marte, segundo informações da agência espacial americana (Nasa). Um dos dois computadores de bordo do aparelho teve a memória corrompida e não conseguiu entrar no modo de hibernação conforme planejado, diz a agência. Assim como satélites e outros aparelhos espaciais, o Curiosity tem dois computadores de bordo, sendo um deles reserva. Chamados de "Lado A" e "Lado B" pela Nasa, eles são ligados a uma série de equipamentos duplicados. Caso um dos computadores falhe, o outro pode assumir o controle e manter as mesmas funcionalidades e operações. O computador "Lado A" do Curiosity apresentou o defeito, diz a Nasa. O robô está operando no "modo de segurança" desde quinta-feira (28/02/2012), ou seja, em estado preventivo e com o mínimo de funções ativas. Mesmo com o defeito, o Curiosity continuou se comunicando e enviando sinais à Terra, mas não foi capaz de enviar informações armazenadas nem resultados das pesquisas realizadas nos últimos dias. A equipe da Nasa espera que o robô retome totalmente suas operações nos próximos dias, quando o problema for solucionado. Experimentos científicos do Curiosity estão suspensos. A última análise feita pelo robô foi do pó coletado no interior de uma rocha marciana, informa a agência espacial americana.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Asteróide 2012 DA14

Hoje foi o dia que os astrônomos vibraram! Além do evento com o meteorito na Rússia, a agência espacial americana (Nasa) acompanhou, em tempo real, a passagem do asteroide 2012 DA14, corpo celeste que se aproximou da Terra por volta das 17h25 (horário de Brasília), a uma distância de 27 mil km. A instituição compartilhou um link em seu site (vídeo abaixo) que mostra imagens feitas pelo Observatório Samford Valley, localizado em Brisbane, na AustráliaA Nasa divulgou ainda uma nota afirmando que não há relação entre o meteorito que caiu na Rússia e o asteroide 2012 DA14. Segundo os cientistas americanos, as análises do meteorito ainda são preliminares, mas o sentido em que ocorreu a queda é oposto ao da viagem do asteroide: os vídeos do meteorito mostram ele passando da esquerda para a direita do sol nascente, o que significa que voava do norte para o sul. O asteroide, por sua vez, tem trajetória sul-norte, destaca a agência dos EUA. Isso faz com que sejam objetos "completamente não relacionados", afirma a Nasa. A passagem do asteroide de 45 metros de diâmetro chama a atenção pois nunca antes o ser humano identificou a passagem de um objeto tão grande tão próximo da Terra. A distância de 27 mil km é considerada menor do que a de alguns satélites de comunicação. Os chamados satélites geoestacionários ficam a uma altura aproximada de 36 mil km, na órbita da Terra. Apesar da proximidade recorde, os especialistas garantiram que não haveria risco de colisão do asteroide com a Terra. Também não existiria risco de colisão com os satélites de comunicação, pois os satélites ficam sobre a linha do equador e o asteroide passará mais próximo do Polo Sul.

Ilustração do asteroide 2012 DA14 foi
registrada pelo astrônomo amador Dave Herald
(Foto: Dave Herald/via Nasa)


O 2012 DA14 foi descoberto em 23 de fevereiro de 2012, na Espanha, sete dias depois de ter passado a 2,6 milhões de km da Terra. Desde essa época, astrônomos ligados a projetos de monitoração de NEOs (sigla em inglês para objetos próximos da Terra) têm observado esse objeto, levantando dados mais precisos para estabelecer sua trajetória no espaço. O asteroide deve ser composto, em grande parte, por rocha, sem grandes concentrações de gelo ou metal. Sua origem pode ser tanto um objeto desgarrado do cinturão de asteroides, ou mesmo ser um defunto cometário, ou seja, um cometa que tenha esgotado seus componentes voláteis, após tantas passagens pelo Sistema Solar. Corpos celestes com essa dimensão passam perto da Terra a cada 40 anos em média e atingem a Terra a cada 1,2 mil anos. Um impacto com um asteroide deste tamanho não é capaz de provocar uma extinção em massa, como a dos dinossauros, mas pode levar a uma catástrofe local se cair sobre uma área densamente povoada – como uma cidade.