Imagem divulgada pela ONG Greenpeace nesta quarta-feira (19/09/2012) mostra a formação de um coração com bandeiras de 193 países-membros da Organização das Nações Unidas, como forma de chamar a atenção do mundo para os problemas da região do Ártico. A intenção dos ativistas é alertar para que providências urgentes sejam tomadas em relação à região, de preferência durante a Assembleia Geral da ONU, que vai acontecer em Nova York nos próximos dias, na sede das Nações Unidas. O Ártico perdeu em média 91,7 mil km² de gelo por dia em agosto de acordo com a Organização Mundial de Meteorologia (OMM). O derretimento diário aproxima-se da extensão de Pernambuco, com 98 mil km² de território, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No dia 26 de agosto, a agência espacial americana (Nasa) registrou recorde no derretimento da camada de gelo que cobre o Oceano Ártico. Trata-se do maior degelo anunciado desde o início do monitoramento via satélite da região, iniciado em 1979. A última vez em que um derretimento tão grande ocorreu foi em 18 de setembro de 2007, e ainda assim havia mais massa polar do que a registrada pela Nasa no fim de agosto. A camada de gelo chegou a 4,1 milhões de km², 70 mil km² a menos do que a medição em 2007, quando a extensão do gelo no Ártico era de 4,17 milhões de quilômetros quadrados. O derretimento do gelo do Ártico tem acelerado a corrida em torno da exploração de recursos naturais na região. Caso as linhas marítimas, atualmente inacessíveis no topo do mundo, se tornem navegáveis nas próximas décadas, elas poderão redesenhar as rotas do comércio global, e talvez a geopolítica, para sempre.
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