O neurocientista Miguel Nicolelis publicou uma imagem em seu perfil do Facebook de como deve ficar o exoesqueleto no qual trabalha para fazer um jovem paraplégico dar o pontapé inicial da Copa do Mundo de 2014. "Revelada primeira imagem do exoesqueleto robótico que se encontra em processo de construção pela equipe internacional do projeto Andar de Novo (Walk Again Project)", diz a legenda da foto publicada pelo pesquisador. Ele diz ainda que a figura mostra os 5 módulos do exoesqueleto e o seu "backpack" (mochila) de controle. O exoesqueleto é um aparelho que envolve os membros paralisados – no caso de um paraplégico, as pernas. Ele pode ser conectado diretamente ao cérebro do paciente, que então controlaria o equipamento como se fosse parte de seu próprio corpo. Dessa forma, seria perfeitamente possível que um paraplégico chutasse uma bola, como pretende Nicolelis. A ideia é que os passos sejam controlados por sinais originários do cérebro, que seriam transmitidos de uma unidade do tamanho de um laptop em uma mochila carregada pela pessoa. O computador ainda traduziria sinais elétricos cerebrais, sendo que o exoesqueleto estabilizaria o peso do corpo e induziria as pernas robóticas do deficiente físico para coordenar os movimentos necessários. A técnica faz parte de uma linha de pesquisa conhecida como interface cérebro-máquina, com a qual o brasileiro já obteve resultados internacionalmente relevantes. Em um dos mais importantes, fez com que macacos não só controlassem uma mão virtual, como também que sentissem uma espécie de tato quando exerciam a atividade.
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